A Pastoral da Juventude Estudantil (PJE), em comunhão com a Pastoral da Juventude Rural (PJR), a Pastoral da Juventude do Meio Popular (PJMP) e a Pastoral da Juventude (PJ), tem a alegria de apresentar mais uma vez, desde 2003, a Semana do/a Estudante, a ser realizada entre os dias 10 a 16 de agosto.
Tema: Juventude e Violência
O tema segue a perspectiva da Campanha da Fraternidade 2009 - “Tema: Fraternidade e Segurança Pública/ Lema: A paz é fruto da justiça (Is 32, 17)” -, bem como se insere no contexto das Atividades Permanentes desse ano, com o desafio de denunciar a violência contra a juventude e anunciar uma alternativa inspirada na Boa Nova trazida ao mundo por Jesus Cristo.
Lema: "Juventude em marcha contra a violência"
Essa alternativa à qual ansiamos passa pela movimentação organizada da juventude, embora não se esgote nela. O protagonismo juvenil é um princípio permanente para nós e hoje, mais do que nunca, precisa ser reforçado como condição indispensável à construção de uma sociedade mais justa e fraterna.
Eixos: Sede de Justiça, Construção da Paz e Mobilização
- Sede de Justiça
Na medida em que nos deparamos com as mais diversas formas de violência - e não só aquela explorada pela imprensa comercial - não podemos perder de vista a capacidade de nos indignarmos, a sensibilidade necessária e a conseqüente sede de justiça. Inspirados pelo Evangelho, não conseguimos ficar calados nem parados diante das injustiças: estamos atentos para não sermos cúmplices de todo tipo de violência que afasta as pessoas entre si e portanto as afasta de Deus, bem como encontramos força para lutar contra o projeto de sociedade que gera violência, atingindo principalmente a juventude. Nossa fome por mudanças aumenta e, à luz da Palavra, cremos que podemos ser saciados.
- Construção da Paz
A indignação com a situação de violência contra a juventude precisa ser refletida e convertida em intervenção eficaz na realidade em que estamos inseridos. Se nos sensibilizamos porque passamos pela aflição psicológica, física, social, etc. e/ou porque conseguimos sentir em nós a dor do próximo, importa ir além e AGIR.
Mas nada disso faz sentido se acontece apenas no plano individual. No grupo, na comunidade, isto é, na base, podemos viver a fé porque temos fé na vida. Assim, a sede de justiça ganha corpo no esforço pela construção da paz, porque “a paz é fruto da justiça” ¯ é um processo totalmente alternativo à “paz do cemitério”. Como escreveu Marcelo Yuca, “Paz sem voz/ Não é paz, é medo...”.
- Mobilização
O sentido da coletividade na luta por transformação se articula em escalas mais amplas: tendo em vista um Outro Mundo Possível, a juventude não desanima, mantém viva a esperança e se mobiliza! É nesse contexto que se inserem as nossas bandeiras de luta e é nessa perspectiva que, como jovens, chamamos os demais jovens do Brasil inteiro a se colocarem em marcha contra a violência! Juntos/as temos forças para insistir seguindo na contramão.
SUGESTÕES PARA ATIVIDADES
- A abertura da Semana precisa sensibilizar a comunidade para a questão da violência e chamar atenção para o extermínio da juventude. Isso pode ser feito através de passeatas, atos, teatro, dança, apresentação de clipes, etc. O importante é que a comunidade se sinta convidada a debater e a pensar sobre o tema, unindo forças com a juventude para reagir diante das atrocidades físicas e simbólicas que vemos e sentimos todos os dias. Os problemas de violência dentro da escola podem ser resolvidos com a participação ativa dos estudantes, como por exemplo, através do grêmio estudantil. Por isso, é importante incentivar a criação de um Grêmio nas escolas que não o têm e movimentá-lo nas que já têm, criando parcerias e mantendo o diálogo constante.
- Mesas redondas e palestras podem se tornar momentos privilegiados de reflexão e debate quando trazemos depoimentos de jovens, professores, militantes, etc. que vivem na pele qualquer tipo de agressão ou que lutam para mudar a comunidade, a escola, a sociedade.
- A organização de um Cine Debate com filmes ligados ao tema e aberto à comunidade pode trazer muitos frutos à discussão.
- Ter um olhar sobre a realidade local, fazer um levantamento de dados sobre a mortalidade de jovens e a violência que eles sofrem em sua cidade é uma boa estratégia para envolver e responsabilizar a todos/as.
- Dar visibilidade a essa pesquisa, fazer um seminário ou montar uma comissão para levar os resultados à câmara de vereadores/as e cobrar uma reação é uma boa forma de começar a agir.
- Não limite às atividades apenas na Semana dos dias 10 a 16 de agosto. Algumas delas poderão ter uma duração maior, conforme sua amplitude. Se não for possível realizar as atividades na data, proponha que a sua escola trabalhe a temática num outro período.
- Para que essa semana seja do/a estudante e não para o/a estudante, é preciso que ele/a se envolva do início ao fim no seu processo de construção e realização. Aqui, como em todos os espaços das Pastorais da Juventude do Brasil, o/a jovem tem que ser protagonista.
- O livreto da semana foi feito por jovens, porém, como sabemos a juventude é cheia de diversidade e especificidades. Por isso, não se prenda apenas às sugestões do livreto. Procure uma música própria de sua comunidade, reportagens de sua cidade, etc.
- Fazer uma comissão organizadora para pensar nos eventos que acontecerão facilita e agiliza o trabalho.
- Entrar em contato com a direção e educadores/as para apresentar a programação e garantir o apoio e a boa realização da atividade proposta.
- Divulgar as atividades nas salas, através de cartazes, rádios, circulares para os pais e o que mais estiver à disposição, garante a presença dos estudantes e da comunidade e seu apoio na luta da juventude.