No Brasil se produz um verdadeiro extermínio da juventude negra.
Dados do mapa da violência no Brasil mostram que a taxa de homicídio da população negra é bem superior à da população branca. Se, na população branca, a taxa em 2004 foi de 18,3 homicídios em 100.000 brancos, na população negra foi de 31,7 em 100.000 negros.
Isso significa que a população negra teve 73,1% de vítimas de homicídio a mais do que a população branca. Em 24 Unidades Federadas, prevalece a vitimização de negros. Em alguns casos, como o da Paraíba ou o de Alagoas, a situação é muito séria, ultrapassando a casa de 700% de vitimização negra. Isso significa que, proporcionalmente ao tamanho dos grupos, esses Estados exibem acima de oito vítimas negras por cada vítima branca. (Mapa da Violência no Brasil, p. 25)
Muitas outras estatísticas comprovam de modo assustador estes dados, indicando que 70% dos jovens assassinados no Brasil são negros. Segundo o relatório “Estudo das Nações Unidas sobre a Violência contra Crianças”, encomendado pela ONU (Organização das Nações Unidas), o perfil das vítimas da violência vai muito além da faixa etária, ela “tem cor, raça, território”.
“Em cada grupo de dez jovens de 15 a 18 anos assassinados no Brasil, sete são negros. A raça também representa 70% na estimativa de 800 mil crianças brasileiras sem registro civil. Entre os indicadores negativos, os negros só perdem para a população indígena na taxa de mortalidade infantil.”
De acordo com o Mapa da Violência dos Municípios Brasileiros, o Rio de Janeiro lidera o ranking dos estados com maior número de homicídios na população de jovens de 15 a 24 anos de idade. Em 2004, o estado era o primeiro colocado, com um índice de 102,8 mortes por cada 100 mil habitantes, posição que vem mantendo desde 1994.
Dois municípios fluminenses figuram na lista dos cinco mais violentos para a população jovem. Itaguaí, município da região metropolitana, aparece na quarta posição com 187,1 homicídios por 100 mil habitantes. Macaé aparece logo em seguida, com 187 mortes por 100 mil habitantes. (Dados da Agência Brasil)
Saiba mais, consultando: