17 fevereiro 2012

SAÚDE PÚBLICA COM FRATERNIDADE

A "Campanha da Fraternidade" deste ano, veio ao encontro de um dos mais graves problemas da nossa nação. A falta de Fraternidade nos serviços públicos de saúde que o governo a nível federal, estadual ou municipal presta ao povo brasileiro.

Numa só frase, reúne um conglomerado de motivações que acarretam tantos sofrimentos e falta de confiança dos contribuintes ou não, na assistência médica e hospitalar a milhões de cidadãos.

O assunto foi debatido em reuniões realizadas do Centro Social de Nazaré, por membros de pastorais e especialistas no assunto, para divulgação da "Campanha" durante a Quaresma que se aproxima. Faço votos de que seja vivenciado com seriedade por todas as paróquias e movimentos leigos da nossa Igreja.

Mas, o que escrevo neste momento, é um simples comentário sobejamente conhecido por todas as pessoas que dependem da assistência médica hospitalar das entidades públicas.

No momento em que este assunto é colocado em debate, aproveito para fazer algumas perguntas indiscretas. Os partidos políticos sucedem-se no poder e o problema persiste. A mesma alegação permanece: "Faltam recursos". Já foi até inventado um imposto para subvencionar a saúde pública, mas, os doentes continuaram jogados nos corredores dos mal equipados hospitais.

Pergunto: Qual o motivo dos poderes legislativos disporem de tamanho volume de verbas, para manutenção de mordomias acintosamente esbanjadas pelos parlamentares? (É só ver os atuais escândalos na nossa Assembleia Legislativa). Os deputados continuarão legislando em causa própria, esquecendo não só os doentes, mas também os estudantes, o funcionalismo, os aposentados? Onde fica a fraternidade e o amor? 

Cada um de nós deve meditar sobre a sua responsabilidade nestas coisas. É tempo dos brasileiros aprenderem a votar.

José Pereira Ramos joseulina@oi.com.br
ECONOMISTA E ESCRITOR