10 junho 2010

OFÍCIO DIVINO DA JUVENTUDE



O Ofício Divino da Juventude (ODJ) é um instrumento de oração, inspirado no Ofício Divino das Comunidades (ODC). Traz consigo a herança das comunidades cristãs de fazer orações pela manhã e pela tarde, valorizando a cultura e o jeito do povo falar com/de Deus, com atenção à Vida e à Bíblia como realidades, nas quais o Senhor, Criador da Vida, revela-se. O ODJ pode ser usado na Celebração da Palavra, nos momentos de oração, encontros de formação, nos cultos semanais e dominicais, nas assembléias pastorais, nas reuniões dos grupos de jovens, no sacramento da Confirmação, nas visitas às pessoas doentes, nas celebrações de aniversários, vigílias, etc. Assim como o ODC, o Ofício Divino da Juventude nasce com o desejo de ser um instrumento de oração ecumênico, isto é, fazer acontecer um jeito de falar com/de Deus em comunidade ou sozinho, ligados por uma fé que une as diversas igrejas e religiões. Pois nesta sintonia e cumplicidade vamos construindo a Paz tão sonhada. O ODJ quer ser para a juventude um jeito profundo e gostoso de celebrar a fé e a vida no Deus que nos cria e recria a cada dia.

Conheça as Partes do ODJ

A chegada

A chegada é um momento de oração pessoal e de silêncio para “reunir o coração” e constituir uma assembléia em oração. O ambiente de oração bem preparado, acolhedor, belo e simples, arrumado de forma harmoniosa com velas, flores, bíblia, ícones… ajuda a criar um clima de recolhimento. Também o refrão meditativo, repetido várias vezes com intensidades diferentes, possibilita este clima de silêncio, unificando, reunindo, apaziguando e harmonizando as pessoas para a oração comunitária. Enquanto o refrão é cantado, pode-se acender uma vela ou Círio Pascal (segundo a tradição e costume). Também pode ser feita uma entrada solene da luz acesa.

Abertura
O ofício começa sem nenhum comentário. Depois do momento de silêncio, da oração pessoal com o coração aquecido a assembléia se põe em pé e quem coordena entoa os versos e todos/todas repetem. São versos bíblicos de invocação de Deus, expressando a gratuidade da oração e a iniciativa de Deus, expressando a gratuidade da oração e a iniciativa de Deus ou de convite para o seu louvor. É bom variar a melodia (mais calma para os dias comuns e mais vibrante nos dias de festa).

Recordação da vida
Na recordação da vida, faz-se memória da páscoa de Cristo presente em nossa realidade, social e cotidiana. Lembramos os fatos que são sinais de morte e ressurreição, de tristezas e alegrias, sinais da páscoa de Jesus acontecendo no hoje da vida, da comunidade, dos povos, da historia, das Igrejas e da natureza. A vida está “latente” em toda a celebração, mas a recordação da vida é o momento em que explicitamos mais claramente a relação entre a celebração e a vida.
Nesse momento, que coordena pode perguntar: “O que aconteceu de importante nestes dias que gostaríamos de recordar?” Ou: “Há alguma lembrança que as irmãs e os irmãos gostariam de partilhar?” Ou ainda: “Quais foram os fatos, os acontecimentos, as situações e as pessoas que marcaram a nossa vida nesta semana?”

Hino
No ofício o hino é um canto diferente do salmo, que tem a função de expressar de forma orante, poética e popular a relação entre o mistério pascal de Jesus, a hora do dia, a hora da vida (que foi lembrada na recordação da vida) e ou do tempo litúrgico. Em cada ofício se encontra um hino, mas o grupo tem a liberdade de escolher outros hinos, valorizando os “hinos da juventude”, os “hinos da caminhada latino-americana” e os “hinos da música popular brasileira”, sem perder o sentido de explicitar o sentido do mistério celebrado.

Salmo
O salmo é um dos elementos centrais no Ofício Divino. Os salmos são poemas, cânticos, preces… que acompanham o povo de Deus em busca da terra prometida e foram a oração de Maria, de Jesus e das primeiras comunidades cristãs. Por um lados eles são símbolos de tudo o que o ser humano carrega em seu coração: alegrias e sofrimentos, angústias e esperanças, docilidade e indignação, amor e ódio… Por outro lado, eles são símbolos que revelam o próprio Deus, atento ao grito dos pobres.

Na tradição das Igrejas cristãs, um salmo sempre é rezado a partir de Jesus e da sua vitória pascal. Com esta chave somos convidados a entrar na oração do salmo fazendo dele nossa própria oração. Por isso, no Ofício os salmos estão em versão popular para serem cantados.
Depois do hino, alguém introduz o salmo. O cantor ou a cantora entoa e a assembléia entra alternando com vozes de mulheres e homens, ou de cantor(a) e comunidade. No final do salmo há um tempo de silencio e de repetição de alguma palavra que tocou em nossa experiência pessoal… para curtir a palavra de Deus e deixar que elas se tornem a palavra da nossa oração.

Leitura bíblica
Além do salmo há no ofício uma leitura bíblica que pode ser dos evangelhos ou de outros livros do Antigo ou do Novo Testamento. Se for do evangelho pode ser precedido por uma aclamação que pode ser repetida depois do evangelho. Se for outra leitura é seguida de versos bíblicos de meditação. Neste ofício sugerimos alguns textos bíblicos que estão impressos no esquema do ofício, ou a leitura do dia, mas anda impede que o grupo possa escolher outra leitura bíblica.

Meditação
Depois da leitura, há um tempo para meditação. Este tempo é para deixar que a palavra caia mais profundamente no coração e se encontre com a nossa experiência de vida. Após um tempo de silêncio, pode haver partilha de sentimentos, compromissos e apelos que a boa nova do Senhor fez surgir em nós. Para ajudar neste momento de meditação sugerimos a leitura de um texto da carta de Ir. Roger: Juntos às fontes da alegria.

Cântico Evangélico
O cântico evangélico é entoado após o momento da meditação. Ao despertar de cada dia, no ofício do amanhecer, a comunidade entoa o cântico de Zacarias (Lucas 1, 68-79), “o sol da justiça nos veio visitar”; no entardecer a comunidade cheia de gratidão, com o cântico de Maria (Lucas 1, 46-55), dá graças ao Pai pelas maravilhas que Ele realiza na história, e, à noite, a comunidade canta o canto de Simeão (Lucas 2 19-32) “na grata e serena alegria de quem viu a salvação acontecer”. É costuma cantá-la de pé, acompanhado ao som de instrumentos, com danças e oferta do incenso expressando o alegre louvor pascal e ação de graças pela redenção, na esperança e justiça.

Preces, Pai-Nosso e Oração
Após o cântico evangélico temos o momento das preces, do Pai-Nosso e da oração final. Nas preces a comunidade louva, agradece, pede, suplica, intercede ao Pai por toda a humanidade. Alguém faz o convite e propõe a resposta, de preferência cantada. Além das preces que constam no texto do livro, as pessoas podem acrescentar espontaneamente as suas preces. No final das preces, que coordena faz um breve convite à oração do Pai-nosso, para que todos possam iniciar Juntos: “Pai-nosso…”, acompanhado da doxologia, “pois vosso é o Reino, o poder e a glória para sempre”, ou cantar a versão ecumênica. A seguir conclui com a oração final , podendo, para isso, usar as palavras que estão no livro, ou fazer uma outra espontânea.

Benção
O ofício termina com a benção. Quem coordena o ofício convida a assembléia a prolongar o louvor, bendizendo o Senhor ao longo do dia, em nossos trabalhos, ou no descanso da noite.
A juventude gosta de terminar o oficio com um canto ou uma dança ou um abraço de paz, a equipe poderá encontrar um refrão que funcione como “saideira”, ligando o ofício da manhã ou da noite com o ofício que continua ao longo do dia ou da noite. Neste momento poderia dançar uma ciranda ou outra dança.

Subsídios para Rezar e Vivenciar o ODJ

Agradecemos as pessoas que montaram este material! Valeu!

O site que armaneza os arquivos está em inglês, mas é só se dirigir à palavrinha ‘download’ e esperar alguns segundos para baixar os arquivos. Depois é só gravar o Cd ou imprimir.

Esperamos que ajude: