19 setembro 2009

Grito dos/as Excluídos/as em Belém

Celebrando os 15 anos de resistência, o Grito dos/as excluídos/as se realizou em Belém, este ano, no bairro da Terra Firme. Com o tema: “Vida em primeiro lugar. A força da organização está na transformação popular”, entidades da sociedade civil e pastorais (dentre elas a PJ), segmentos estudantis, sindicatos e outras organizações, saíram do Tucunduba, tratando de assuntos relacionados à necessidades atual da sociedade, tendo foco a questão da violência no campo e na cidade.

A atividade também contou com a presença dos indíos Tembés que vieram de Santa Maria, gritar pelo direito à terra. Dentre as revindicações, Eraldo Paulino da Pastoral da Juventude da Arquidiocese de Belém, colocou a necessidade de lutar contra o extermínio de jovens em nossa região.

Destacamos alguns gritos que a imprensa paraense publicou:

"Sofremos com um excedente populacional superior a 50% nos presídios. Queremos que os presos, ao saírem das cadeias, sejam recebidos pela sociedade de braços abertos, afinal de contas, já foram punidos e pagaram suas penas. É preciso garantir a ressocialização destas pessoas e lutar por um sistema carcerário mais humanitário e justo" ( Diácono Ademir da Silva da Pastoral Carcerária da Arquidiocese de Belém - O Liberal, Edição de 08/09/2009)

“Eu estou aqui, por causa da morte do Adriano, meu colega, morto injustamente” (Alessandro Oliveira, 13 anos, ntegrante do projeto Atletas de Cristo - Diário do Pará, Edição de 08/09/2009)

“A terra é considerada a nossa mãe natureza. Enquanto os latifundiários estão com a maior parte dela, tem gente passando necessidade, então nós queremos as nossas terras que são de nosso direito” (Almir Tembé, indígena de Santa Maria - Diário do Pará, Edição de 08/09/2009)

"É claro que não vamos conseguir resolver os problemas relacionados à falta de segurança com esta marcha, mas vamos mostrar ao Poder Público e toda sociedade o quanto o nosso povo é carente dos serviços básicos a que qualquer cidadão tem direito" (Ruth Matos, Pastorais Sociais da CNBB/N2 - O Liberal, Edição de 08/09/2009)

O Grito, encerrou-se na praça frente à Paróquia São Domingos de Gusmão contando com mais de mil participantes.